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Direitos Indígenas: Prefeitura de Parauapebas discute habitação popular para indígenas

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Contando com a participação da Prefeitura de Parauapebas, por meio do Departamento de Relações Indígenas, a Plenária sobre Direitos Indígenas e Políticas de Habitação e Moradia Digna, um espaço e instância autônoma e social de diálogo, construção e defesa dos direitos ao acesso a habitação e moradia digna à população indígena, ocorrida na manhã do dia 22, terça-feira, no auditório do SINDSEP, em Brasília – DF.

Nesta primeira versão, a Plenária sobre Direitos Indígenas e Políticas de Habitação e Moradia Digna é um evento articulado, organizado e realizado pelo Instituto Indígena Botiê Xikrin, com o apoio do MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), e, durante as atividades e palestra aplicou-se o tempo em aprofundar o conhecimento sobre a legislação e programas habitacionais visando a inclusão das comunidades Indígenas Xikrin, defendendo também todos os parentes e suas respectivas comunidades indígenas.

Sendo ainda realizada a formalização e cerimônia de entrega da Declaração de Adesão ao Movimento Nacional de Luta pela Moradia, reconhecendo o IBX enquanto entidade de defesa dos direitos sociais com atuação também na área da habitação de interesse social e moradia digna.

Em suas falas iniciais, os indígenas Torquet Xikrin e Girlan Silva (Bep Toti) explicaram que este evento atende aos interesses do Povo Indígena Xikrin do Kateté e defende outras comunidades indígenas. “A luta da população indígena em Parauapebas, em especial dos povos originários daquele município, o povo Xikrin do kateté, já ocorre há muitos anos”, lembra Torquet, na qualidade de liderança e representante indígena.

“Em Parauapebas, em parceria e atuação conjunta com o Instituto Botiê Xikrin, o Governo Municipal, por meio do Departamento de Relações Indígenas e demais Secretarias, vem se dedicando a buscar alternativas que melhorem a vida da população indígena, inclusive com a edição de leis locais que possam assegurar os direitos indígenas e o acesso a políticas públicas”, contou Girlan, coordenador do DRI, relembrando a longa luta e as conquistas que a população indígena Xikrin vem obtendo.

O Presidente do IBX Atoro Xikrin, ressaltou a importância da parceria dos povos indígenas com o movimento nacional de moradia, ressaltando que o progresso tecnológico e social dever ser igual para todos e que, assim como os não indígenas, os povos originários anseiam por moradia digna. “É preciso tirar da cabeça a visão de que moramos em ocas com paredes de barro e teto de palha. Os tempos são outros e temos o direito de morar em casas construídas e seguras”, esclareceu Atoro Xikrin, ganhando foraç na fala do cacique Bep Noi Xikrin, que falou da necessidade de alguém representando junto com os coordenadores do DRI (Girlan e KangÓ Xikrin) e também a necessidade de escolher alguém entre os xikrins, para representar junto aos Conselhos e demais entidades nacionais, para realizar interlocução com as entidades.

Cacique Torket Xikrin, falou da dificuldade dos indígenas de acessar aos programas como habitação, educação e saúde, bem como a dificuldade de acesso aos direitos e enfatizou ainda que sem a união não consegue chegar aos programas, ressaltou a importância de representação no Estado, em Brasília e no Município, e a busca tem que fazer acontecer e sair do papel. “As reinvindicações são desde 2013. Acredito que com o novo governo vamos conseguir o acesso de todos, de forma unida”, planeja Torket Xikrin.

O Representante da CONTRAF-BRASIL, Eustácio Magno, fez uma apresentação do Programa Minha Casa Minha Vida – Captação Geral – Rural, programa que retomou agora no Governo Lula, quantificando que no estado do Pará no sistema da caixa já possui 6.270 cadastros, das 3.275 vagas para o Pará, e a partir do cadastro o Ministério das Cidades vai selecionar no prazo de 1 mês para enquadrar e publicar; seguido da elaboração do projeto técnico de engenharia para verificar as especificidades e as questões tradicionais e culturais.

De acordo com Eustácio magno, esses encaminhamentos devem serem feitos de imediato bem como os cadastros para a seleção.

Regionalização da pauta – As discussões a respeito de habitação popular indígena terão sequência na Terra Indígena Xikrin do kateté, onde servidores da prefeitura de Parauapebas participarão de discussão da demanda habitacional como sequencia da pauta tratada na Plenária sobre Direitos Indígenas e Políticas de Habitação e Moradia Digna.

Ato que se dará nos dias 28, 29 e 30, na aldeia xikrin Pykatyokrãi, onde lideranças indígenas discutirão a pauta e fará consulta à comunidade.

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Gratuito e imperdível: espetáculo ‘Mulheres Artistas’ em Canaã e Parauapebas

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Parauapebas será palco do espetáculo “Mulheres Artistas”, que inicia temporada no município a partir da próxima segunda, dia 19, com sessões previstas até o dia 24. As apresentações ocorrerão diariamente em escolas da rede pública de ensino, sendo gratuitas e com classificação livre, levando cultura e reflexão à comunidade escolar da região, com sessões pela manhã e à tarde, promovendo o acesso ao teatro para estudantes e educadores

Ao todo, serão realizadas 26 apresentações nas cidades de Parauapebas e Canaã dos Carajás, onde a peça está em cartaz desde o dia 9 de maio. O espetáculo ainda contará com apresentações especiais voltadas ao público com deficiência (PcD), no Centro Viver e Conviver (Canaã) e na APAE de Parauapebas.

O espetáculo narra, de forma lúdica e crítica, a trajetória de mulheres artistas na história da arte — partindo da icônica escultura paleolítica Vênus de Willendorf até os dias atuais, e questiona: onde estavam as mulheres artistas enquanto os museus eram preenchidos por obras feitas por homens? Em cena, atrizes-cantoras, músicos, bonecos e grandes adereços ajudam a contar essa história com sensibilidade e dinamismo.

A narrativa se debruça sobre a obra e a vida de duas grandes artistas brasileiras contemporâneas: Rosana Paulino e Adriana Varejão.

Paulino, nascida em São Paulo, teve desde cedo contato com o universo carnavalesco e afro-brasileiro. Inspirada por uma ala sobre artistas negros em um desfile da escola de samba Mocidade Alegre, percebeu o poder da representatividade. Sua obra, marcada por temas como ancestralidade, memória e violência racial, utiliza técnicas como fotografia, costura e bordado, como nas impactantes obras “Parede da Memória” (1994) e “Bastidores” (1997).

Já Adriana Varejão, nascida no Rio de Janeiro em 1964, abandonou o curso de engenharia para se dedicar à pintura e às artes visuais. Reconhecida por explorar temas ligados à história colonial, à arquitetura e à identidade, sua obra atravessa linguagens como gravura, escultura e instalação. Com carreira consolidada, já expôs em museus renomados como o MASP, Inhotim, TATE Modern (Londres), The Met e Guggenheim (Nova York), entre outros.

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Elenco e produção

“Mulheres Artistas” é encenado por três atrizes-cantoras — Jess Araújo, Nicole Pinheiro e Sofia Fried — e pelo ator e músico Gabriel Sant’Anna, que também assina a trilha sonora ao lado de dois músicos convidados da região: o cantor e violonista Alex Santti e o percussionista Peixe Vibe.

Com texto de Daniela Chindler, direção e trilha sonora de Guilherme Miranda e produção de Flavia Rocha, o espetáculo dá continuidade ao trabalho de formação de plateia iniciado com a peça “Ô abre a roda!”, também coordenada por Chindler. Em três temporadas anteriores (2022 a 2024), essa iniciativa já passou por cidades como Parauapebas, Marabá, Curionópolis, Eldorado do Carajás e Canaã dos Carajás.

Segundo a roteirista Daniela Chindler, vencedora do prêmio da Fundação Nacional do Livro Infantojuvenil em 2012, “levar o teatro para as escolas é investir na formação de novos públicos e na democracia cultural”. Ela ainda cita Milton Nascimento para reforçar o propósito do projeto: “Todo artista tem que ir onde o povo está”.

O espetáculo tem apoio do Ministério da Cultura e Sotreq.

Agenda de apresentações

Canaã dos Carajás

14/05/2025 – Quarta-feira, 10h e 14h

EMEB Maria de Lourdes Rocha Rodrigues

Rua Teotônio Vilela 285, Esplanada, Canaã dos Carajás

15/05/2025 – Quinta-feira, 10h, 14h e 19h

EMEB José de Deus

Rua José Andrade, nº10, Vale Dourado, Canaã dos Carajás

16/05/2025 – Sexta-feira, 10h e 14h

EMEB Tancredo de Almeida Neves

Rua Teotônio Vilela, Nº 28, Centro, Canaã dos Carajás

Parauapebas

19/05/2025 – Segunda-feira,10h e 14h

EMEF Dorothy Stang

Avenida B, Qd 285, Lote 10, Cidade Jardim, Parauapebas.

20/05/2025 – Terça-feira, 10h e 14h

EMEF Fernando Pessoa

Rua 35, S/N, Quadra Especial, Bairro dos Minérios, Parauapebas.

21/05/2025 – Quarta-feira, 10h e 14h

EMEF Professor Marcelo Rimé Vitalino

Avenida U com Avenida Buriti, Quadra 400, Lote 03 a 07. Cidade Jardim, Parauapebas.

22/05/2025 – Quinta-feira, 10h e 14h

EMEF Terezinha de Jesus

Avenida J, Quadra Especial, S/N, Cidade Jardim, Parauapebas.

23/05/2025 – Sexta-feira, 10h e 14h

EMEF Carlos Drummond de Andrade

Rua Santa Rita, nº71, Rio Verde, Parauapebas.

24/05/2025 – Sábado, 9h

APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Parauapebas

Rua L, nº 187, Bairro União, Parauapebas.

Fonte: www.correiodecarajas.com.br

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Ponto do Autor na 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, Secult abre chamada

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Foto: Agência Pará

A Secretaria de Estado de Cultura (Secult) lançou, nesta sexta-feira (28), o edital de chamamento público para o Ponto do Autor na 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes. O espaço é dedicado ao lançamento e relançamento de livros de escritores paraenses ou residentes no Pará há mais de dois anos, publicados em 2022 e 2023.

As inscrições estão abertas e são gratuitas, até o dia 31 de julho, exclusivamente pelo Mapa Cultural. Todos os proponentes devem estar cadastrados no Mapa Cultural do Pará. Além disso, não serão aceitas propostas entregues presencialmente na sede da Secult ou postadas via Correios.

Foto: Agência Pará

Os escritores credenciados poderão vender quantidades ilimitadas de suas obras no dia do lançamento ou deixar até dez unidades em consignação com a Secult. A arrecadação com a venda será entregue integralmente ao autor. Cada autor terá à disposição uma mesa, duas cadeiras e um expositor para os livros durante a Feira do Livro.

O edital completo está disponível no Mapa Cultural e no site da Secult. Para mais informações, os proponentes podem contatar a Diretoria de Cultura da Secult pelo telefone (91) 3252-8528, em dias úteis, das 9h às 15h.

Reportagem: Iego Rocha (SECULT)

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Abertura do Festival Jeca Tatu foi sucesso mais uma vez

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Fotos: HD e Orion Lima

Com o tema “Gente Que Brilha”, a 20ª edição do Festival Jeca Tatu teve início em grande estilo. Na noite dessa quarta-feira, 26, o grupo de música regional da capital Belém, Arraial do Pavulagem, atraiu milhares de pessoas para a Praça dos Esportes Radicais Wellison Farias Azevedo, no bairro Cidade Nova, abrindo uma vasta programação que vai até o próximo domingo, 30.

“O Festival Jeca Tatu está mais do que a gente esperava, né? Tá começando só com o primeiro dia e logo com o Arraial do Pavulagem. Muito bacana, tradição paraense, tradição do boi e tem muita coisa boa ainda pra acontecer em todas as outras noites até domingo aqui no Festival Jeca Tatu. Vem”, afirma Rose Valente, que é radialista e natural de Belém.

O Festival Jeca Tatu é um evento realizado pela Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e Liga das Agremiações Juninas de Parauapebas (Liajup), que juntamente com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) trouxe o Arraial do Pavulagem, que em 2017 tornou-se patrimônio cultural de Belém.

“Nossa, é uma alegria imensa, a festividade do Jeca Tatu começar com o Boi Pavulagem, que é o ícone da cultura paraense”, diz Eulália Almeida, assistente social e que também é da capital paraense.

A programação seguiu durante toda a noite. Além do grande show de abertura do grupo cultural, teve também brincadeiras para as crianças, espetáculo “O Casamento na Roça” com grupos teatrais da cidade, apresentações de quadrilhas da categoria caipira e, ainda, concurso de Miss e Mix. A expectativa da organização é que o Jeca Tatu deve atrair mais de 50 mil pessoas durante os cinco dias de festival.

“Pra gente, que também fazemos cultura aqui em Parauapebas, é uma grande honra trazer essa cultura em massa, né? E a gente aqui é muito rico com essa cultura e hoje está sendo sensacional a abertura do Jeca Tatu”, destaca Andréa Souza, administradora.

O festival terá participação de 27 agremiações juninas disputando o título da temporada e os quadrilheiros prometem levar um show de coreografias na estrutura montada, com seus trajes coloridos e muita música animada para os brincantes da grande festa de São João. Os integrantes do Grupo Arraial do Pavulagem sabem da importância do Jeca Tatu e fizeram um show impecável para o público presente na primeira noite.

“É uma alegria ser convidado para participar de um festival tão importante aqui do Sudeste do Pará. Feliz, feliz e feliz de estar aqui com vocês novamente curtindo esse momento bacana do Jeca Tatu”, agradece Júnior Soares, vocalista e um dos fundadores do Arraial do Pavulagem.

Texto: Fábio Relvas

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