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Projeto “Quelônios de Marabá” devolve à natureza mais de 1.600 animais

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Soltura aconteceu na manhã de domingo, 15, na Praia do Tucunaré e contou com a presença de dezenas de crianças

Mais de 1.600 quelônios – tartarugas e tracajás – foram devolvidos à natureza na manhã de domingo, 15. A soltura aconteceu na Praia do Tucunaré, mais precisamente na base permanente do Projeto “Quelônios de Marabá”, e contou com a presença de centenas de pessoas, entre crianças e adultos.

Ao longo do ano de 2023, nessa “temporada de soltura”, mais de 20 mil filhotes voltarão ao seu habitat natural. A ação aconteceu na base do projeto, que conta com uma estrutura de tanques e uma sede para abrigar pesquisadores, técnicos e equipamentos.

Comunidade ouviu autoridades e também palestra sobre a relevância do Projeto Quelônios de Marabá

Os visitantes, ao chegarem à ilha, logo sentem o clima de sustentabilidade e responsabilidade do projeto. Plaquinhas educativas ao longo da pequena trilha que dá acesso ao local mostram a seriedade e o cuidado que os pesquisadores têm com o local.

Antes do momento mais esperado, a soltura, Cristiane Vieira e José Pedro de Azevedo, professores e coordenadores do projeto, explicaram um pouco sobre a atividade e o esforço coletivo para conter a extinção dessas espécies nos rios da Amazônia.
Para a soltura, as crianças presentes foram convidadas a sentarem na areia e receberam as bacias contendo os animais. Em uma contagem regressiva, os pequenos soltaram os quelônios em um momento de festa e educação ambiental e social.

Crianças tiveram espaço para pintar tracajás e tartarugas e aprender educação ambiental brincando

“A participação da comunidade é muito importante. Sempre fazemos esse convite, e nós estamos aqui na base permanente de janeiro a janeiro. As pessoas que quiserem conhecer melhor o projeto ou os professores que quiserem aulas que demandem uma experiência de campo podem nos visitar”, explica Cristiane Vieira, uma das coordenadoras.

Desde 2017, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) aceitou o desafio, por meio do Núcleo de Educação Ambiental e com o suporte financeiro do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Marabá para desenvolver um projeto de manejo e conservação de quelônios na região.

Segundo Cristiane, dentre os vários procedimentos que são realizados está o salvamento dos ovos, nos ninhos, que ficam nas praias da região. “A gente resgata esses ninhos para poder proteger da predação, sobretudo da caça ilegal dos ovos e das matrizes. A gente traz esses ninhos para uma incubadora, aqui na base, e fazemos o monitoramento do processo de incubação, profundidade, temperatura e umidade. Anotamos tudo nos cadernos de controle até a eclosão dos filhotes”.

Coordenadora do projeto, Cristiane Vieira reconhece que a participação da comunidade é muito importante

Para José Pedro, esse momento serve para deixar uma mensagem de sensibilização para o trabalho de preservação ambiental, como o projeto Quelônios de Marabá.
“Especificamente no ambiente fluvial, temos indícios fortíssimos dessa predação. Inúmeras espécies de peixes já estão em risco de extinção, diversas espécies de répteis, de mamíferos, como os botos, todos estão ameaçados em altas proporções”, disse.

Na base permanente do projeto, assim que os filhotes nascem, eles vão para os tanques de quarentena, sendo que cada um corresponde a uma praia.
Os pesquisadores têm o controle da onde os ovos foram retirados e, assim que os filhotes nascem e são retirados da incubadora, eles são colocados nos tanques correspondentes à praia em que foram coletados.

“Fazemos o salvamento dos ovos da Praia do Tucunaré, Praia do Meio e Praia do Espírito Santo. Às vezes, até um pouco mais abaixo, no município de Itupiranga”, detalha a professora pesquisadora.
A partir desse momento é feito o monitoramento dos filhotes, em um período que varia entre 30 a 60 dias. Posteriormente, coincidindo com o período de enchente dos rios, é realizada a soltura dos animais.

“Existem dois tipos de soltura, a técnica, que a gente solta os filhotes nas praias correspondentes ao local onde os ninhos foram coletados, e a soltura comemorativa. Hoje, está sendo feita uma comemorativa com técnica. Passamos dois anos sem fazer por conta da pandemia, e agora estamos aqui reinaugurando esse espaço e renovando as forças e energias”, se emociona Cristiane.

Os irmãos Anabelle e Arthur exibem quelônios antes de soltá-los na margem do rio

Magnólia Alves, professora de matemática e ciências, participa pela segunda vez da soltura dos quelônios e parabeniza o projeto pela iniciativa. “Quando vim pela primeira vez, logo chegou a pandemia. Dois anos depois, estou aqui novamente. É super importante esse momento e a participação da comunidade e das crianças. Falar de natureza é super importante. Como professora de ciência, falo muito sobre o meio ambiente e conscientização com meus alunos”, diz.

Morador do Bairro Francisco Coelho, Estanislau Cordeiro foi prestigiar o evento e afirmou que a sociedade deveria participar mais de momentos como esse. “Estamos sofrendo com depredações ao meio ambiente, e esse aqui é um ponto importante para que as pessoas possam perceber a importância disso tudo. Muita gente está aqui, veio nesse domingo de manhã participar dessa ação ambiental”, elogiou.

NEAm
O Núcleo de Educação Ambiental tem como eixo central desenvolver programas de educação ambiental crítica com projetos centrados na educação formal e informal, abordando o contexto político, econômico, ambiental e cultural.
Nos últimos anos, o núcleo é responsável pelo desenvolvimento de dois grandes projetos: Propesca e Quelônios do Tocantins. Esses projetos se integram às ações de educação ambiental escolar e popular, contando com a parceria de um conjunto de pesquisadores, tendo como eixo aglutinador a dinâmica socioambiental regional.

São parceiros do Projeto Quelônios: Conselho Municipal de Meio Ambiente, Prefeitura de Marabá, Secretaria de Meio Ambiente, Guarda Municipal, Ibama, Ministério Público do Pará, Fundação Casa da Cultura de Marabá, Guardiões do Verde e Ideflor-Bio.

Projeto Quelônios em números

2017 – 4.637 animais

2018 – 7.423 animais

2019 – 14.484 animais

2020 – 17.969 animais

2021 – 10.962 animais

2022 – 5.666 animais

Fonte: Ana Mangas – Correio do Carajás

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Prefeitos irão se reunir em Brasília a partir de amanhã

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Começa nesta terça-feira (11) e vai até quinta-feira (13), em Brasília, o Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas. Reunirá gestores municipais eleitos para o mandato 2025-2028. Promovido pelo governo federal, o evento tem como meta aproximar ministérios e órgãos governamentais dos municípios para facilitar o acesso a informações essenciais, ferramentas e recursos voltados aos novos gestores.

Na abertura, está prevista a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros. Dentre as mais de 170 atividades simultâneas figuram informações sobre diretrizes e orientações sobre os programas do governo federal e recursos disponíveis; informações técnicas, administrativas e financeiras sobre os municípios; debates sobre o enfrentamento de questões climáticas e eventos extremos; direitos humanos, cidadania e gestão local; políticas de integração e desenvolvimento regional, segurança pública; e transição energética.

Também serão abordados o relacionamento institucional das prefeituras com ministérios e outros órgãos governamentais, o pacto federativo e a gestão municipal.

Processo de transição

“O governo federal entende que esse processo de transição é um momento crucial para a continuidade das políticas públicas e para o fortalecimento das parcerias entre o governo federal e os municípios. Assim, o governo federal se prepara agora para o lançamento da terceira edição do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, que reunirá mais de 20 mil pessoas em Brasília”, informou o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO).

A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI/PR) e correalizada pela Associação Brasileira de Municípios (ABM) e conta com apoio da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

Para participar do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas é necessário realizar inscrição prévia no site da SRI. As atividades serão distribuídas entre os auditórios e salas do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A programação completa está disponível aqui.

Reportagem: Luciano Nascimento – Agência Brasil

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Pontes dos rios Itacaiúnas e Parauapebas são interditadas para reparos

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Fotos: Irisvelton Silva e acervo Ascom

Por meio de decreto publicado no Diário Oficial do município nessa terça-feira, 28, a Prefeitura de Parauapebas interditou a ponte do rio Itacaiúnas, na região do Contestado pertencente a Marabá, e a do rio Parauapebas, próximo ao balneário City Park.

A medida é resultado de um laudo técnico elaborado pela Secretaria Municipal de Obras (Semob) em parceria com a Secretaria Municipal de Segurança Institucional e Defesa do Cidadão (Semsi) por meio da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec).

“Nesta ponte do rio Parauapebas, a gente vai fazer uma reforma, trocando todos os pranchões onde os carros trafegam, reforçar todo o guarda-corpo e tentar fazer um reforço no tabuleiro. A do rio Itacaiúnas é uma ponte mista de concreto armado com aço”, explica o engenheiro civil da Semob, Manoel André Fulco.

Por se tratar de uma ponte que atende Parauapebas e Marabá, a reparação da ponte do Itacaiúnas é compartilhada entre os dois municípios.

Segundo Fulco, que elaborou o laudo técnico que recomenda a interdição, na época de sua construção a ponte foi feita para um tipo de peso de tráfego de caminhões. Atualmente, os caminhões estão mais pesados, inclusive em se tratando de caminhões bitrem.

Foto: acervo Ascom

“É muito caminhão que passa com peso e sobrepeso. Então, ela é um caso mais sério; a ponte do Itacaiúnas foi afetada, não só o tabuleiro, mas também seus pilares. Ocorreu, nas cabeceiras, a flambagem dos pilares. Então é uma ponte que está na iminência de cair”, informa o engenheiro.

Já a ponte do rio Parauapebas, nas proximidades do balneário City Park, o secretário municipal de Obras, Roginaldo Rocha, diz que após a manutenção, os veículos de maior porte de carga não utilizarão mais a ponte, sendo permitidos somente veículos leves, motos e os pedestres que transitam pelo local.

Quanto aos moradores das comunidades Águas Frias e Santa Luzia, próximas ao City Park, o secretário informa que podem transitar pela estrada alternativa.

 

“Nas últimas três semanas, andamos preparando a vicinal que dá acesso ao aterro sanitário, que, inclusive, já foi concluída desde a semana passada e está em total condição de trafegabilidade para as pessoas e veículos de qualquer porte”, comenta o titular da Semob.

Reportagem: Sara Dias – Ascom/PMP 2025

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Ponte melhora o trânsito e a vida dos cidadãos do Alto Rio Capim

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A semana começou com uma boa nova para os moradores dos municípios de Ipixuna do Pará e Paragominas, no nordeste e sudeste paraense, respectivamente. Eles agora podem desfrutar da travessia liberada sobre a nova ponte construída sobre o Alto Rio Capim. A obra, entregue oficialmente no último sábado, 25, pela administração do Governo do Estado, tem 592 metros de extensão e é um divisor de águas na infraestrutura regional, melhorando não apenas o trânsito local, mas também a economia de toda a região.

O governador Helder Barbalho destacou a importância estratégica da ponte ao integrar as rodovias Belém-Brasília e PA-150, conectando municípios chave como Paragominas, Ipixuna do Pará, Tomé-Açu e Tailândia.

“Esta obra atende às famílias que vivem aqui, fortalece a logística do escoamento da produção agrícola do nosso Estado e é fundamental para o progresso, para gerar emprego e crescimento”, enfatizou o governador, na cerimônia de entrega.

O sorriso de satisfação do motorista, Edvan Silva de Souza, pelo aumento da segurança e a redução do tempo de viagem

O sorriso de satisfação do motorista, Edvan Silva de Souza, pelo aumento da segurança e a redução do tempo de viagem Foto: Marcelo Lelis / Ag. Pará

Antes da construção da ponte, a travessia por balsa era a única alternativa para cruzar o rio, gerando longas filas e atrasos que prejudicavam tanto a vida pessoal quanto os negócios locais. Geu Barbosa da Silva, um dos motoristas que fazia constantemente a travessia, relatou as dificuldades enfrentadas no antigo sistema. “Devido ao cumprimento de horário feito pela empresa e à intensidade do número de transportes, o atraso nas viagens era uma consequência negativa muito grande para nós motoristas”, contou Geu, radiante com a finalização da obra, que ele descreveu como um “sonho realizado” após décadas de espera.

Foto: Marcelo Lelis / Ag. Pará

Leilson Ribeiro de Nazaré também compartilhou sua satisfação com a nova ponte. “Antigamente, eu gastava R$ 16 só para atravessar a balsa, e isso sem contar o tempo perdido. Hoje, essa obra maravilhosa do nosso governo ajudou bastante, não só a gente, mas as empresas que dependem do transporte rápido e eficaz”, afirmou Leilson, destacando a beleza e a qualidade da estrutura recém-inaugurada. O operador de máquina comentou ainda sobre a grandeza da ponte, “é muito melhor do que passar pela balsa”.

Foto: Marcelo Lelis / Ag. Pará

Com a nova ponte em operação, o fluxo rodoviário na região vai ganhar agilidade, beneficiando setores vitais como mineração, reflorestamento, agricultura e pecuária. Edivan da Silva de Sousa, um motorista de caminhão pesado, expressou sua satisfação ao relatar a experiência de atravessar a ponte: “Agora é rapidola, só cheguei ali, subi e desci do outro lado. Melhorou 100%. A estrutura é ótima”, disse Edivan, ressaltando o impacto positivo da ponte para quem trabalha com transporte de carga.

Pelo retrovisor do veículo, o motorista Edneis de Souza acena com gesto positivo para a obra estrutural do Governo do Pará

Pelo retrovisor do veículo, o motorista Edneis de Souza acena com gesto positivo para a obra estrutural do Governo do Pará – Foto: Marcelo Lelis / Ag. Pará

Esse novo impulso na mobilidade regional é resultado de um projeto elaborado com zelo técnico, utilizando o método de Balanço Sucessivo, que permite grandes vãos e garante estabilidade à estrutura. Os pilares da ponte foram instalados estrategicamente nas margens do rio, assegurando a preservação da navegação, aspecto crucial da região, onde o transporte fluvial é igualmente relevante.

Foto: Marcelo Lelis / Ag. Pará

Com a travessia já liberada, a esperança de dias melhores para a população se torna uma realidade palpável. As vozes dos moradores ecoam um sentimento comum: a gratidão pela realização de um projeto que foi aguardado por mais de 50 anos. “Quando a gente começou a ver os primeiros maquinários chegando, a esperança de dias melhores voltou ao nosso coração”, relembrou Geu, refletindo a emoção coletiva que permeia a região neste momento de celebração.

Reportagem: Ronan Frias – Agência Pará

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